Navio com minério de ferro encalha no litoral do Maranhão
Navio da Vale teve danos na estrutura e está tombado na costa do litoral maranhense
Um navio sul-coreano carregado com minério de ferro e carvão da Vale corre o risco de naufragar após encalhar a 100 quilômetros da costa de São Luís, no litoral do Maranhão, e causar um novo acidente ambiental no país. Até o momento
A embarcação teve duas grandes danos na estrutura e encalhou por volta das 21h20 de segunda-feira (24), momentos depois de deixar o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, na capital maranhense, rumo à China. Ela foi afretada pela Vale e era operada pela MV Stellar Banner.
O navio, com capacidade de armazenar 500 milhões de litros de petróleo estava cheio, o que aumentou os riscos de vazamento no mar.
Desde quarta-feira (26), a embarcação já está tombada e sendo invadida pela água e o risco de naufrágio é alto. Como solução, a Vale estuda colocar sacos de areia flutuantes para impedir o acidente.
Além disso, a Capitania dos Portos do Maranhão, as empresas, representantes da Marinha do Rio e do Pará e órgãos de fiscalização criaram um gabinete de crise para tratar do desencalhe e dos possíveis efeitos ambientais de um eventual naufrágio. Todos devem participar de uma reunião marcada para às 9h30 desta quinta-feira (27), quando mais informações devem ser divulgadas.
Em nota, a Vale informou que “está atuando com suporte técnico-operacional, com o envio de rebocadores, e colaborando com as autoridades marítimas. A operação do porto segue em normalidade, não impactando embarques”.
Além disso, a Marinha informou que instaurou inquérito administrativo para apurar as causas do episódio, as consequências e as responsabilidades pelo eventual vazamento.
O acidente
Conforme as informações, o comandante do navio conseguiu direcionar a embarcação para um banco de areia. Cerca de vinte pessoas da tripulação estavam a bordo e foram resgatadas. Ninguém ficou ferido. Quatro rebocadores foram encaminhados ao local.
De acordo com informações do MarineTraffic, que permite rastrear os movimentos de qualquer navio no mundo, a embarcação deveria chegar ao porto de Qingdao, na China, em 4 de abril.