Integrante do CV é condenado a 36 anos por matar policial penal no Pará
Vítima foi morta a tiros em via pública, enquanto retornava de caminhada ao lado da esposa

Um integrante do Comando Vermelho foi condenado a 36 anos de prisão pelo assassinato de um policial penal em 2021, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (PA). A informação foi divulgada pelo Ministério Público do Estado do Pará nesta quarta-feira (23).
O réu foi sentenciado na última segunda-feira (21) a reclusão em regime fechado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e associação criminosa armada.
O crime ocorreu em 25 de março de 202 quando o policial penal, de 43 anos, foi executado com sete tiros em via pública, enquanto retornava de uma caminhada ao lado da esposa, que presenciou toda a cena.
Dois homens armados desceram de um veículo e atiraram contra a vítima, que não teve chance de defesa. As investigações apontaram que a execução foi ordenada pelo Comando Vermelho como parte de uma ofensiva contra a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).
Conforme o inquérito policial, no início de março daquele ano, a facção teria emitido uma "circular" determinando a morte de policiais penais nas ruas, após reivindicações internas não serem atendidas pela secretaria.
A Polícia Civil chegou aos responsáveis pelo assassinato após a quebra de sigilo de dados de um celular encontrado com um dos envolvidos.
O faccionado, preso preventivamente desde julho de 2021, confessou que aceitou a "missão" após ser ameaçado de morte pela própria facção. Como recompensa, foi promovido internamente ao posto de "Idealizador de Missões".
“Os jurados fizeram justiça ao acatar as teses do Ministério Público. Um pai de família, que também era um agente da segurança pública, perdeu sua vida de forma covarde. Este crime não poderia ficar impune. O papel do Ministério Público é defender as vítimas e toda a sociedade", afirmou o promotor do Ministério Público Márcio Farias, após o término do julgamento.
O julgamento foi realizado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Ananindeua e os jurados acataram integralmente as teses apresentadas pelo promotor de Justiça Márcio de Almeida Farias.