PF desmonta a cooperativa do crime no Rio de Janeiro

Operação "Anáfora" visa apurar favorecimento na contratação de cooperativa de trabalho pelo município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense

Vianey Bentes, da CNN, em Brasília
Viatura Polícia Federal
Operação da Polícia Federal no Rio de Janeiro  • Paulo Carneiro/Photopress/Estadão Conteúdo
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A Polícia Federal (PF) realiza operação nos municípios de Duque de Caxias, Maricá, Angra dos Reis, Mesquita, Niterói, Nova Iguaçu e na capital fluminense nesta quinta-feira (1º).

A ação investiga a contratação de uma cooperativa de trabalho pelo município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, cujo contrato e aditivos passam de meio bilhão de reais, em pouco mais de dois anos.

Cerca de 130 policiais federais e servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, contra pessoas físicas e jurídicas que, segundo a PF, inclui empresários, laranjas, operadoras financeiras, e os líderes do esquema criminoso.

As investigações, que começaram no início do ano, indicam que a cooperativa pertence a uma organização criminosa que atua no estado do Rio de Janeiro, praticando corrupção e desvio de dinheiro há anos, principalmente da área de saúde.

Segundo a PF, os investigados utilizam o mesmo modo de atuar, na forma de constituir uma empresa tendo a frente laranjas, também de como contratar agentes públicos. E através de uma confusão patrimonial e administrativa entre as pessoas jurídicas do grupo, e praticando os mesmos delitos.

O nome da operação se refere a uma figura de linguagem utilizada por escritores através da repetição de uma ou mais palavras no início de versos, orações ou períodos. Empregada na poesia e na música, a “Anáfora” aumenta a expressividade da mensagem, enfatizando o sentido de termos repetidos consecutivamente.