PF faz operação contra fraudes em registros de CAC para compra de armas de fogo

Policiais cumprem dois mandados de busca e apreensão na cidade de Barra do Garças, em Mato Grosso

Carolina Figueiredo, da CNN, em São Paulo
A cada três homens assassinados no Brasil, dois são por armas de fogo
PF faz operação contra fraudes em registros de CAC para compra de armas de fogo  • Foto: Getty Images
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A Polícia Federal (PF) deu início, nesta quarta-feira (25), a uma operação para combater fraudes em registros que possibilitam a compra legalizada de armas de fogo.

Os policiais cumprem dois mandados de busca e apreensão na cidade de Barra do Garças, em Mato Grosso.

De acordo com as investigações dos policiais, a fraude acontecia através do uso de documentos falsos para obtenção de certificado de registro (CR) que autoriza uma pessoa a desempenhar a atividade de colecionador, atirador ou caçador (CAC).

"Em regra, os documentos falsos eram utilizados para burlar a fiscalização, visando conceder o registro de CAC a pessoas que não possuíam requisitos para obtenção de armas de fogo, levando o Exército a erro", informou a PF em nota.

"Pessoas com extensas fichas criminais (passagens por roubo, furto, associação criminosa, tentativa de homicídio, porte e posse ilegal de arma de fogo) tentaram adquirir armas de fogo utilizando-se desses documentos falsos", acrescentou.

Na teoria, a concessão do registro para CAC e compra de armas de fogo e munições depende de certidões de antecedentes criminais em diferentes esferas da Justiça – Federal, Estadual, Militar e eleitoral – além de declaração de não estar respondendo a inquérito policial ou processo criminal.

Os dois mandados expedidos para a operação desta quarta (25) tem o objetivo de apreender computadores, celulares, armas de fogo, munições e documentos "relacionados aos fatos investigados, a fim de robustecer a confirmação das fraudes perpetradas pelos envolvidos, bem como identificar outros indivíduos que possam ter envolvimento com os fatos", informou a PF.

Os envolvidos nestes crimes são acusados de falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.