Projeto começa a mapear população infectada por coronavírus na cidade de SP

Objetivo é orientar flexibilização da quarentena na capital paulista

Leonardo Lopes
Os testes de anticorpos servem para checar as proteínas no sistema imunológico
Testes vão começar por bairros com maior incidência de mortes e casos confirmados na cidade de SP  • Foto: Reprodução/ Reuters
Compartilhar matéria

Começou nesta quinta-feira (30), em seis bairros de São Paulo, um projeto de pesquisa que pretende determinar a porcentagem da população da capital paulista que já foi infectada e criou anticorpos para o novo coronavírus.

O objetivo é utilizar esta formulação na elaboração do plano que flexibilizará a quarentena e reabrirá gradualmente a economia na cidade de São Paulo, que é o epicentro da pandemia no país. Os resultados serão compartilhados com os gestores públicos.

O projeto é composto por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) e da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), colaboradores da empresa Ibope Inteligência, do Grupo Fleury, da ONG Instituto Semeia, e conta com apoio da Secretaria Municipal de Saúde e do Centro para Contingência do Coronavírus em São Paulo.

De acordo com a Agência Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de SP), a primeira etapa do projeto coletará informações em domicílios através de um questionário, e amostras de sangue de 500 moradores para análise laboratorial. "Acreditamos que em no máximo seis dias após o início da coleta os primeiros resultados estejam disponíveis”, afirmou o médico Celso Granato, professor da Unifesp.

Os seis bairros que participam da primeira etapa do projeto são os que apresentaram, segundo os dados da prefeitura, a maior incidência de infecção e mortes (número de ocorrências por 100 mil habitantes). Morumbi, Jardim Paulista e Bela Vista possuem a maior incidência de casos, e Água Rasa, Belém e Pari, a maior incidência de mortes.