Conheça a trajetória de Danúbia Rangel, ex-mulher de "Nem da Rocinha"

Danúbia de Souza Rangel cumpriu pena, reinventou-se como influenciadora e foi presa novamente este ano

Beto Souza, da CNN, em São Paulo
Veja trajetória de Danúbia Rangel, ex-mulher de Nem da Rocinha  • Montagem CNN
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Danúbia de Souza Rangel, conhecida como "primeira-dama do tráfico" e "Xerifa da Rocinha", teve sua trajetória marcada por prisões e reviravoltas judiciais.

A primeira prisão ocorreu em outubro de 2017. Ela cumpriu pouco mais de seis anos no Instituto Penal Oscar Stevenson, em Benfica, na zona Norte do Rio, por crimes de corrupção ativa e associação ao tráfico de drogas.

Em 2020, Danúbia retornou ao regime fechado após ter um celular apreendido na cadeia, uma conduta considerada grave. Em 11 de janeiro de 2024, foi solta, com a pena considerada extinta.

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Reivenção e nova prisão

Após a libertação em 2024, Danúbia buscou se reinventar como influenciadora digital, assumindo novo matrimônio e realizando procedimentos estéticos, compartilhando a rotina nas redes sociais.

No entanto, um novo mandado de prisão por tráfico de drogas, expedido em 10 de junho deste ano pela 5ª Vara Criminal da Capital, e referente a uma investigação da época em que Danúbia era companheira de Nem, levou à sua recente detenção.

Ela foi localizada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro em uma maternidade na Barra da Tijuca, acompanhada de seu marido, o rapper MC HCalvin, onde deu à luz uma filha que, segundo ela, nasceu com Síndrome de Down. Danúbia afirmou que sabia da ordem judicial, mas não se entregou devido à posição pélvica da filha e à necessidade de uma cesariana.

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Liberdade condicionada

Inicialmente, a Justiça manteve a prisão após audiência de custódia realizada no último dia 7 de julho e ela foi encaminhada à UMI (Unidade Materno-Infantil) em Bangu, uma estrutura especializada para gestantes e mulheres em puerpério, com áreas adaptadas para mães e bebês.

A defesa de Danúbia protocolou um pedido de prisão domiciliar. Nesta quinta-feira (17), a Justiça concedeu o pedido.

Danúbia, contudo, permanece sob custódia na UMI, aguardando o cumprimento da decisão por oficial de justiça. Ao ser liberada, deve ser monitorada por tornozeleira eletrônica e seguir restrições, como não receber visitas (exceto para saúde ou advogados), não ter contato com o mundo externo por aparelhos eletrônicos e redes sociais, e não poder sair do estado do Rio ou mudar de residência sem autorização prévia.

Nem da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, ex-companheiro de Danúbia, foi um dos principais chefes do tráfico de drogas no Rio de Janeiro. Ele comandava a Rocinha e a facção ADA (Amigo dos Amigos). O traficante foi capturado em novembro de 2011 e segue preso em penitenciária federal, tendo sido condenado a 145 anos de prisão.