Delegado cogitou prender PM da ROTA e mudou de decisão após ver imagens
O policial civil Rafael Moura foi baleado em ação na zona sul de São Paulo na sexta-feira (11); outro agente também foi atingido de raspão
O delegado do 37º Distrito Policial, no Campo Limpo, cogitou dar voz de prisão ao policial militar da ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) que baleou o agente da policial civil Rafael Moura da Silva, de 38 anos, durante uma ação na zona sul de São Paulo.
A decisão, no entanto, foi revista após a Polícia Militar apresentar as imagens das câmeras corporais utilizadas pelos agentes na ação. As imagens analisadas mostraram que Rafael, que estava à paisana e armado, foi atingido em uma situação de tensão, o que reforçou a hipótese de erro do tipo permissivo e legítima defesa, segundo apuração da CNN com fontes ligadas à investigação.
O caso aconteceu na noite de sexta-feira (11), na Rua Pedro Faber, no bairro do Capão Redondo, zona sul da capital paulista. Rafael e outro agente da Polícia Civil realizavam uma incursão a pé pela comunidade quando se depararam com uma equipe da ROTA. Os dois teriam gritado “polícia”, mas, mesmo assim, os PMs não teriam identificado que se tratava de agentes civis e abriram fogo.
Rafael foi baleado três vezes — no braço, na perna e nas costas — e permanece internado em estado gravíssimo no Hospital das Clínicas. O outro policial civil também foi atingido, de raspão na região da cintura, mas sem gravidade.
À CNN, o porta-voz da Polícia Militar, coronel Emerson Massera, afirmou que os policiais da ROTA não serão afastados neste momento, com base na análise preliminar da conduta. “Um inquérito de Polícia Militar foi instaurado para apurar todos os detalhes da ocorrência”, afirmou.