A pedido, Rosângela Moro é dispensada de cargo não remunerado no governo
A esposa do ex-ministro Sergio Moro deixa função no Conselho do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado

Esposa do ex-ministro Sergio Moro, a advogada Rosângela Moro, foi dispensada da função de membro titular do Conselho do Programa Nacional de Incentivo ao Voluntariado — também conhecido como "Pátria Voluntária". A dispensa, a pedido, foi assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, e publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (13).
A primeira-dama Michelle Bolsonaro preside o conselho, instituído em 2019. O órgão visa estimular o trabalho voluntário no país, por meio de atividades como o incentivo de parcerias entre entidades públicas e o setor privado para promover ações sociais.
A participação no conselho é considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada. Rosângela estava entre os representantes da sociedade civil da entidade, que foi concebida com 24 membros (doze representantes do governo e doze da sociedade civil).
Elizabeth Guedes, irmã do ministro da Economia Paulo Guedes e vice-presidente da Associação Nacional de Universidades Particulares, também integra o quadro.
Desabafo após ataques
Em abril, após Sergio Moro pedir demissão do cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública — alegando tentativas de interferência do presidente Jair Bolsonaro em nomeações na Polícia Federal —, Rosângela Moro postou um desabafo em seu Instagram.
Na época, a advogada lamentou o que chamou de "propagação de ofensas e inverdades, sejam por parte de robôs ou de pessoas que discordam dos nossos valores".
Diante de críticas de apoiadores do presidente a seu marido, ela disse que "não poderia esperar outra atitude" de Sergio Moro e que "deixar o governo era a única (saída) eticamente aceitável".