Com Auxílio Brasil, PL espera queda de rejeição de Bolsonaro até abril
Os cálculos feitos pelos dirigentes do partido é de que, para garantir passagem segura ao segundo turno, presidente precisa chegar ao início do segundo trimestre com pelo menos 30% das intenções de voto nas pesquisas eleitorais
O novo partido do presidente Jair Bolsonaro tem apostado na consolidação do Auxílio Brasil na diminuição dos atuais índices de rejeição do atual mandatário do Palácio do Planalto.
As últimas pesquisas eleitorais mostraram que a rejeição ao presidente, apesar de ter estabilizado, é bastante superior ao de seus principais adversários, o que é visto por dirigentes da legenda como um obstáculo para o seu crescimento mesmo no primeiro turno.
A avaliação de lideranças da legenda é que, para garantir uma passagem tranquila para o segundo turno, o presidente precisa chegar ao mês de abril com pelo menos 30% das intenções de voto e, para garantir a reeleição, é necessário uma diminuição exponencial de seus índices de rejeição.
Na semana passada, o Ipespe divulgou pesquisa nacional que mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 44%, enquanto o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), tinha 24% e o ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro (Podemos) tem 9%.
A aposta de lideranças da legenda é que o Auxílio Brasil, no valor de R$ 400, tenha efeito parecido ao do auxílio emergencial de R$ 600, pago no ano passado, que melhorou a popularidade do presidente.
O efeito foi constatado inclusive entre eleitores nordestinos, que costumam apresentar maior índice de rejeição à atual gestão, e entre as classes mais pobres, contempladas com o benefício.
Fotos – Veja os possíveis candidatos à Presidência da República em 2022
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa de solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília - 20/06/2022 • CLÁUDIO REIS/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente, governou o país entre 2003 e 2010 e é o candidato do PT • Foto: Ricardo Stuckert
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O candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) tenta chegar ao Palácio do Planalto pela quarta vez • FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Simone Tebet cumpre o primeiro mandato como senadora por Mato Grosso do Sul e é a candidata do MDB à Presidência • Divulgação/Flickr Simone Tebet
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Felipe d'Avila, candidato do partido Novo, entra pela primeira vez na corrida pela Presidência • ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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José Maria Eymael (DC) já concorreu nas eleições presidenciais em 1998, 2006, 2010, 2014 e 2018, sempre pelo mesmo partido • Marcello Casal Jr/Agência Bras
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Vera Lúcia volta a ser candidata à Presidência da República pelo PSTU. Ela já concorreu em 2018 • Romerito Pontes/Divulgação
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Leonardo Péricles, do Unidade Popular (UP), se candidata pela primeira vez a presidente • Manuelle Coelho/Divulgação/14.nov.2021
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Sofia Manzano (PCB) é candidata à Presidência da República nas eleições de 2022 • Pedro Afonso de Paula/Divulgação
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Senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), candidata à Presidência da República - 02/08/2022 • ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Padre Kelmon (PTB) assumiu a candidatura à Presidência após o TSE indeferir o registro de Roberto Jefferson (PTB) • Reprodução Facebook
Diante da sequência de pesquisas eleitorais que colocam Bolsonaro em posição muito distante de Lula, aliados do presidente têm defendido a contratação de um instituto próprio.
O tema já foi tratado inclusive com Valdemar da Costa Neto, presidente do PL. Isso porque os recursos para pagar as pesquisas de intenção de voto não podem ser públicos.