Fachin quer que plenário julgue exclusão de Weintraub de inquérito das fake news

Ministro pediu que habeas corpus apresentado pelo Ministério da Justiça seja analisado por colegas

Gabriela Coelho
Edson Fachin
Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, em foto de arquivo  • Foto: Rosinei Coutinho - 20.abr.2017/SCO/STF
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O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, enviou ao plenário virtual da corte nesta segunda-feira (1º) habeas corpus para decidir se o ministro da Educação, Abraham Weintraub, deve ser excluído das investigações no inquérito sobre fake news e ofensas a ministros do STF. O HC será julgado no dia 12 de junho.

"Cumprida a ciência ao Ministério Público e facultada a oportunidade de manifestação, nada há a obstar o julgamento do feito. Para fins de deliberação colegiada, inclua-se na sessão virtual imediata possível do plenário assíncrono o presente habeas corpus, já com relatório e meu voto como de praxe".

Na quarta (27), o ministro da Justiça, André Mendonça, enviou um pedido de habeas corpus ao STF para que o depoimento de Weintraub e as investigações ligadas a ele fossem suspensas. O relator, ministro Edson Fachin, pediu manifestação da PGR antes de decidir.

O procurador-Geral da República, Augusto Aras, informou ao Supremo na sexta-feira (29) que não recebeu os documentos necessários. Na sexta, Weintraub foi à PF, mas ficou calado. 

"Vagabundos"

Weintraub foi convocado a depor no inquérito por conta de declarações dadas na reunião ministerial de 22 de abril. O vídeo desse compromisso foi anexado a outro inquérito, que apura suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, e o conteúdo veio a público na última sexta (22). Na reunião, Weintraub defendendo a prisão de ministros do STF e chamando-os de "vagabundos"

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