Ipespe: cautelares a Bolsonaro são descabidas para 30% e adequadas para 29%

Segundo levantamento, outros 25% consideram as medidas leves, enquanto 13% dizem ser exageradas; margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos

Leticia Martins, da CNN, São Paulo
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Pesquisa Pulso Brasil/Ipespe divulgada nesta sexta-feira (25) mostra que que a população está dividida sobre as medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 18 de julho. Segundo o levantamento, 29% consideram as imposições adequadas, enquanto 30% acham descabidas.

Outros 25% afirmam que as medidas são leves, já outros 13% dizem ser exageradas. Os que não sabem ou não responderam somam 3%.

O instituto ouviu 2.500 entrevistados entre os dias 19 e 22 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95,45%.

Medidas cautelares

No dia 18 de julho, Bolsonaro foi alvo de um mandado de busca e apreensão pela PF (Polícia Federal). A coorporação apreendeu um pen-drive, um celular e US$ 14 mil em espécie em sua casa. Ele ainda foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica, além de ter suas redes sociais e comunicações com diplomatas e outros investigados restritas.

O ex-presidente também foi impedido de se comunicar com o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado licenciado, que está nos Estados Unidos desde março.

Na decisão, Moraes diz que Bolsonaro atuou contra a soberania nacional.

"A investigação comprovou a participação de JAIR MESSIAS BOLSONARO nas condutas criminosas, não só incitando a tentativa de submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado, com clara fronta à soberania nacional", diz o documento.

Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que recebeu com “surpresa e indignação” a imposição das medidas cautelares ao ex-presidente.

“A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”, afirmaram os advogados de Bolsonaro.