Marina Silva sobre integrar ministério: “Aliado não deve criar constrangimento”
Cotada para o Ministério do Meio Ambiente, ex-ministra está na COP27, no Egito
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, falou à CNN nesta quinta-feira (10) durante sua passagem pela COP27, em Sharm el-Sheikh, no Egito. Ela falou sobre a possibilidade de ser indicada para o Ministério do Meio Ambiente.
Segundo ela, agora não é o momento de um aliado “criar constrangimentos” para o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Tudo o que um aliado não deve fazer é criar constrangimento para o presidente [eleito]” aventando possibilidades de indicações para a Esplanada dos Ministérios.
“Para que ele se sinta à vontade para escolher sua equipe de acordo com o que acha mais adequado com os objetivos que ele traçou nas diferentes agendas, como desenvolvimento, economia, saúde, educação e meio ambiente”, disse Marina.
Segundo ela, o Meio Ambiente é uma “agenda estratégica para o Brasil e para o mundo na qual o Brasil já mostrou que sabe o que fazer, como fazer e mostrou resultados”, completou.
A comitiva que acompanha Lula na COP27, no Egito, terá a presença da nova primeira-dama, Rosangela Lula da Silva, e outros aliados do petista na campanha eleitoral.
Além de Janja, estão confirmados os nomes da senadora Simone Tebet (MDB-MS) e dos ex-ministros de governos do PT Marina Silva (Rede-SP), Izabella Teixeira, Celso Amorim, Aloizio Mercadante (PT) e Fernando Haddad (PT).
Lula chegará na COP27 no dia 14, na próxima segunda-feira.
Em entrevista à CNN nesta segunda-feira (7), Marina afirmou que o Brasil precisa assumir uma postura de “protagonismo” durante a COP27.
“Um dos passos [para o avanço da agenda de preservação] é a volta do Brasil ao terreno das COPs como protagonista. No governo [Jair] Bolsonaro eles sempre condicionam controlar o desmatamento a que nos paguem para fazer isso. E o Brasil vai dizer, sim, quer a cooperação internacional, mas preservar a Amazônia e os biomas brasileiros é interesse nosso”, apontou.