Meu pai foi preso porque eu e meus irmãos postamos fotos dele, diz Eduardo
Declaração foi compartilhada nas redes após decisão de prisão domiciliar emitida nesta segunda-feira (4)
Deputado federal e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se manifestou nesta segunda-feira (4) sobre a prisão domiciliar do pai.
Eduardo afirma que a medida aconteceu porque ele e os irmãos compartilharam fotos do pai nas redes sociais.
"Meu pai, Jair Bolsonaro, foi preso hoje por apoiar, de sua própria casa, o povo brasileiro que foi às ruas para se manifestar contra os abusos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. E porque eu e meus irmãos postamos fotos dele", escreveu Eduardo no X (antigo Twitter).
"Uma prisão sem crime, sem provas, sem julgamento. Apenas abuso de poder para silenciar o líder da oposição brasileira. O Brasil não é mais uma democracia. O mundo precisa tomar nota", complementa.
Meu pai, Jair Bolsonaro, foi preso hoje por apoiar, de sua própria casa, o povo brasileiro que foi às ruas para se manifestar contra os abusos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. E porque eu e meus irmãos postamos fotos dele.
Uma prisão sem crime, sem… pic.twitter.com/OC0WUYnQ4s
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 4, 2025
A medida foi assinada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que também relata um processo contra Eduardo no Supremo.
Moraes foi alvo recentemente de sanções financeiras pelos Estados Unidos, apoiadas por Eduardo.
Proibição de visitas e apreensão de celular
Na decisão que impôs a prisão domiciliar de Bolsonaro, Moraes também acrescentou outras duas medidas cautelares: a de que o ex-presidente não poderia receber visitas sem autorização prévia do Supremo e a de que ele não poderia utilizar celulares, diretamente ou por meio de terceiros.
De acordo com o ministro, Bolsonaro produziu material para publicar nas redes sociais de seus filhos e dos seus seguidores e apoiadores políticos.
"As condutas de Jair Messias Bolsonaro desrespeitando, deliberadamente, às decisões proferidas por esta Suprema Corte, demonstra a necessidade e adequação de medidas mais gravosas de modo a evitar a contínua reiteração delitiva do réu, mesmo com a imposição de medidas cautelares diversas da prisão", escreveu Moraes.
O conteúdo, segundo ele, seria de "incentivo e instigação a ataques o Supremo Tribunal Federal" e "apoio ostensivo" à intervenção estrangeira no Poder Judiciário.
O ex-mandatário também foi alvo de busca de apreensão da PF (Polícia Federal) nesta segunda e teve seu celular apreendido.
O ministro do STF já havia imposto, desde 18 de julho, a utilização de tornozeleira eletrônica.
Na época, o político do PL foi alvo de uma operação da PF (Polícia Federal), autorizada pelo Supremo, que apura os crimes de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional.
*Publicado por Maria Clara Matos