Moraes determina que Jefferson explique vídeo em que "ora em desfavor" de ministro

O vídeo foi produzido dentro das dependências do Hospital Samaritano Barra, no dia 14 de outubro

Gabriel Hirabahasi, da CNN, Em Brasília
Roberto Jefferson usou máscara com as cores da bandeira do Brasil
Roberto Jefferson ao ser encaminhado à prisão  • CNN
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou, nesta quinta-feira (21), que a defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson se manifeste em até 48 horas sobre o desrespeito de medidas restritivas impostas pela Justiça.

“Intime-se a Defesa do denunciado ROBERTO JEFFERSON MONTEIRO FRANCISCO para que, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, preste informações detalhadas a esta CORTE acerca do acesso do custodiado ao(s) aparelho(s) celular(es) por meio do(s) qual(is) foi produzido o referido vídeo e sua posterior divulgação, em desrespeito ao cumprimento das medidas restritivas impostas”, determinou o ministro.

Jefferson admitiu à Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) que o vídeo em que aparece dizendo “orar em desfavor de Xandão”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, “foi produzido dentro das dependências do Hospital Samaritano Barra, no dia 14/10/2021, pela manhã”.

A informação está no termo de declaração enviado pela Seap ao STF. Moraes havia determinado que a secretaria respondesse em que circunstâncias o vídeo havia sido gravado até esta terça-feira.

O Hospital Samaritano, onde Jefferson ficou internado, também enviou manifestação ao STF por determinação de Moraes. O hospital disse que o “vigilante particular não tem condições materiais nem poderes para realizar revistas íntimas de acompanhante, nem, muito menos, revistar advogados. Por isso, na petição anterior, este Hospital havia requerido à Polícia Federal o envio imediato de escolta oficial para fazer a segurança do paciente, o que lamentavelmente não foi atendido”.