No 2º dia da Cúpula, Lula volta a pedir que países desenvolvidos paguem “sua parte” para Amazônia
Para o petista, evento serviu para indicar para o mundo que a floresta está “precisando de dinheiro”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a pedir nesta quarta-feira (9) que os países desenvolvidos paguem pelo que o “desenvolvimento industrial”, ao longo de 200 anos, poluiu. Segundo Lula, os pagamentos seriam utilizados para recompor parte daquilo que foi estragado no meio ambiente pelos gases poluentes.
“A natureza que está precisando de dinheiro, de financiamento. Por isso, eu disse ontem que todo mundo, em qualquer país do mundo que você vai, fala da Amazônia, e esse encontro é a Amazônia falando para o mundo, dando resposta ao mundo, do que que nós precisamos”, ressaltou Lula.
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No comunicado conjunto dos países florestais, os presidentes e chefes de delegação de Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Indonésia, Peru, República Democrática do Congo, República do Congo, São Vicente e Granadinas, Suriname e Venezuela, reunidos em Belém (PA), manifestaram preocupação com o não-cumprimento, por parte dos países desenvolvidos, do compromisso de financiamento para o desenvolvimento.
O valor equivale a US$ 100 bilhões por ano em recursos novos e adicionais aos países em desenvolvimento. Os integrantes da cúpula também pediram o cumprimento das obrigações de financiamento climático pelos países ricos, a quantia pode chegar a US$ 200 bilhões por ano, até 2030.
O presidente brasileiro encerrou o discurso projetando as negociações que os países com florestas tropicais devem ter na próxima COP28, em novembro deste ano, nos Emirados Árabes.
“Vamos para a COP falando que se quiserem preservar o que existe de floresta é preciso colocar dinheiro, não apenas para preservar a copa da floresta, mas o povo da floresta”, disse Lula.