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    Pacheco quer cautela em regulamentação da reforma tributária e projeta votação após eleições

    Senadores também disseram à CNN não acreditar como factível a aprovação antes do período eleitoral

    Luciana AmaralRebeca BorgesEmilly Behnkeda CNN , Brasília

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prega cautela no andamento do projeto da regulamentação da reforma tributária na Casa, e acredita que a votação da matéria só deve acontecer depois das eleições municipais, que ocorrem em outubro.

    “Vamos discutir ao longo desses dois meses, mas acredito na sua apreciação, tanto na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça] quanto no plenário, após as eleições municipais”, disse Pacheco.

    Evidentemente que vamos começar os trabalhos desde já, e, se for possível votar antes, tanto melhor. Se não for, o que não podemos fazer é de forma açodada apreciar um tema que é o mais relevante nacional nesse instante

    Rodrigo Pacheco

    Urgência

    Aprovado em julho pela Câmara, o projeto será analisado pela CCJ do Senado e tramita em regime de urgência constitucional, solicitado pelo governo federal. A matéria tem um prazo de 45 dias para ser analisada a partir do despacho. Caso contrário, o texto passará a trancar a pauta do plenário.

    O governo tem se mostrado resistente a retirar a urgência do texto. Por isso mesmo, Pacheco também quer conversar de novo com o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o relator da matéria, senador Eduardo Braga (MBD-AM).

    A CNN apurou que os senadores também não enxergam a aprovação da regulamentação antes das eleições como factível.

    Nesta terça-feira (6), Pacheco disse que poderia já despachar o texto nesta quarta (7), mas ainda há dúvidas se isso realmente será feito.

    De toda forma, o presidente do Senado afirmou que, se o governo não retirar a urgência — apesar da pressão de líderes –, a Casa deve analisar a matéria normalmente.

    “Se chegarmos lá na frente e identificarmos que é preciso mais tempo, vamos fazer a solicitação ao Executivo da retirada da urgência”, disse.

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