Planalto orientou Queiroga e CGU a evitar cancelamento da Covaxin
O meio termo encontrado foi a suspensão, e não cancelamento, do contrato com a Precisa Medicamentos para compra da vacina indiana

O Palácio do Planalto orientou o Ministério da Saúde a não tomar nenhuma medida drástica sobre o contrato do governo com a Precisa Medicamentos para aquisição da vacina indiana Covaxin.
O desejo do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, desde o início, era cancelar o contrato em razão da não-entrega das vacinas, mas interlocutores do presidente Jair Bolsonaro avaliaram que ainda assim poderia ser um “atestado de corrupção”.
A própria defesa da Precisa Medicamentos e do seu presidente, Francisco Maximiano, também era contrária ao cancelamento pelos mesmos motivos.

A solução encontrada foi o meio termo pela suspensão, e não cancelamento, a partir de uma investigação preliminar da Controladoria-Geral da União. Com isso, o governo tenta organizar sua defesa tendo em vista as sucessivas mudanças de versões sobre a contratação.
Tanto que a justificativa da suspensão ignora os indícios de irregularidades. Oficialmente, o ministério fala que “não há irregularidades no contrato, mas, por compliance, optou por suspender o contrato para uma análise mais aprofundada do órgão de controle”.
