Ricardo Barros diz que vai processar relator da CPI da Pandemia por calúnia
Líder do governo na Câmara reagiu à sua inclusão como indiciado no relatório de Renan Calheiros
Indiciado pela CPI da Pandemia, o deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, afirmou que vai processar por calúnia o relator Renan Calheiros (MDB-AL), assim como todos os senadores que votarem a favor do documento. A declaração aconteceu nesta quarta-feira (20), após a leitura do texto de autoria de Renan.
Barros e outros 67 nomes constam na lista como indiciados por crimes praticados durante a pandemia. O deputado do Progressistas, que chegou a depor na comissão de inquérito, é suspeito de ter relação com a compra de vacinas por meio de “atravessadores”.
“Vou processá-lo por denunciação caluniosa e por abuso de autoridade”, disse o deputado. “No caso Covaxin, por exemplo, todas as pessoas que ele ouviu negaram a minha participação [no suposto esquema de corrupção]. Ele não tem nenhum elemento que pudesse convalidar a tese de que participei dessa questão.”
Segundo Barros, a insistência de Renan em colocá-lo como indiciado no relatório da CPI configura crime de calúnia e abuso de autoridade. “Acusar alguém sabidamente inocente é abuso de autoridade e, por isso, vou processá-lo, e aos senadores que votarem com ele no relatório também”, disse o líder do governo.
O parlamentar ainda afirmou que o relator da comissão não é “dono do relatório” e que, após a votação dos demais integrantes da CPI, todos os que votarem a favor do texto serão “corresponsáveis” por sua acusação.
“Não vou tratar diferente o relator de quem votou no relatório dele. Vai sofrer a mesma medida porque não podemos permitir esse circo aqui, essa narrativa sem fundamento que se quer perpetuar.”
(Publicado por Evandro Furoni)