Sem palanque em Minas, Lula quer apoio de parlamentares eleitos
A estratégia é buscar agendas com setores que ainda não aderiram ao nome de Lula como empresários e parte do agronegócio

Buscando manter e ampliar a vantagem conquistada em Minas Gerais no primeiro turno, o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá ir ao Estado de Minas no próximo fim de semana. Lula planeja fazer uma caminhada com apoiadores no domingo (9).
No começo da semana a coordenação de campanha do ex-presidente em Minas se reuniu para iniciar o cronograma de ações.
Após o resultado da votação, no último domingo (2), ficou definido que a estratégia é ampliar a campanha com os deputados atuais e os que foram eleitos e que apoiam Lula, já que, agora, não há palanque de candidato a governador, como o de Alexandre Kalil (PSD) no primeiro turno.
A mobilização petista no Estado vai buscar criar agendas com setores que ainda não aderiram ao nome de Lula como empresários e parte do agronegócio. Para este público a avaliação da campanha é que o discurso de Lula precisa dar mais transparência ao que já foi feito pelos governos petistas para o setor agro e mostrar que agora há outros valores agregados como o estímulo à bioeconomia e tecnologia aos bioinsumos.
Além das políticas sociais nas propostas de combate à fome e a miséria sinalizando que o bolsa família vai pagar mais para as mães que tem mais filhos, a campanha quer ainda se aprofundar para o eleitor mineiro que o governo petista tem o plano de reindustrialização do Brasil e Minas pode estar entre os polos da indústria brasileira, numa sinalização aos empresários da região.
Minas Gerais é um Estado central para as eleições. No primeiro turno, a vantagem petista foi de 600 mil votos, cerca de 5% dos votos, e foi menor do que se previa. A campanha o ex-presidente reconhece que teve dificuldades no centro-oeste e no triângulo mineiro.
Por isso, a mobilização deverá ser intensificada para que Lula não perca votos, ainda mais depois que Zema declarou apoio a Jair Bolsonaro ( PL), mas a campanha aposta muito na peculiaridade do eleitor mineiro que não segue uma linha única e apostou no voto chamado “ Luzema” no primeiro turno.