STF valida lei que obriga provedores a informar velocidade de internet na conta
Norma de Mato Grosso do Sul foi questionada na Corte por associação de empresas do setor


O Supremo Tribunal Federal (STF) validou, nesta quinta-feira (15), uma lei de Mato Grosso do Sul que obriga as empresas prestadoras de internet a apresentarem, na conta mensal, informações sobre a entrega diária de velocidade da conexão.
Por sete a quatro, a Corte entendeu que a norma é constitucional.
Para a maioria dos ministros, a lei trata de regular temas relacionados ao consumidor, e não às telecomunicações.
Assim, por esse entendimento, os estados têm a chamada competência concorrente com a União para editar leis e regras sobre os serviços.
A respeito das telecomunicações, só a União têm competência para legislar.
Venceu a corrente aberta pelo relator, ministro Alexandre de Moraes. Seguiram sua posição os ministros Edson Fachin, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso.
Ficaram vencidos Rosa Weber (já aposentada), André Mendonça e Gilmar Mendes.
Flávio Dino não votou porque o voto de Weber, sua antecessora, fica mantido.
- 1 de 11
Gilmar Mendes • Valter Campanato/Agência Brasil
- 2 de 11
Cármen Lúcia • Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
- 3 de 11
Dias Toffoli • Marcelo Camargo/Agência Brasil
-
- 4 de 11
Luiz Fux • Fellipe Sampaio/SCO/STF
- 5 de 11
Luís Roberto Barroso • Nelson Jr./SCO/STF
- 6 de 11
Edson Fachin • Carlos Moura/SCO/STF
-
- 7 de 11
Alexandre de Moraes • Carlos Moura/SCO/STF
- 8 de 11
Kassio Nunes Marques • Fellipe Sampaio/SCO/STF
- 9 de 11
André Mendonça • STF
-
- 10 de 11
Cristiano Zanin • Mateus Bonomi/Agif - Agência de Fotografia/Estadão Conteúdo
- 11 de 11
Flávio Dino • Fellipe Sampaio /SCO/STF
Para Moraes, a lei sul-mato-grossense trata do direito do consumidor, e não de telecomunicações.
Ele também afirmou que a norma buscou trazer maior proteção aos consumidores.
“No Brasil temos a competência privativa da União extremamente alargada. Nenhum país federalista enumera tantas competência para o ente central, a União, quanto o Brasil”, afirmou.
A ação foi apresentada pela Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint).
A entidade argumentou que a lei, além de contaria a competência da União na área, viola a livre-iniciativa.
Qual é o local de votação? Saiba como checar onde você irá votar