Benefícios das vacinas com RNA mensageiro superam riscos, diz OMS

Casos "muito raros" de miocardite e pericardite surgiram após a aplicação dos imunizantes desenvolvidos pela Pfizer e pela Moderna

Stephanie Nebehay, da Reuters
Vacina da Pfizer é preparada para uso por profissional da Saúde no Distrito Fede
Vacina da Pfizer é preparada para uso por profissional da Saúde no Distrito Federal  • Foto: Tony Winston - 10.mai.2021/Ministério da Saúde
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou durante um painel consultivo que os benefícios das vacinas de RNA mensageiro contra a Covid-19 superam os pequenos riscos de uma possível inflamação no coração causada pelo imunizante, visto que as vacinas reduzem as hospitalizações e mortes.

Em um comunicado, a OMS disse que os relatos de duas doenças raras -- miocardite, uma inflamação do coração e de seu revestimento, chamada pericardite -- apareceram dias após a vacinação, principalmente entre os homens mais jovens após a segunda dose.

"Casos muito raros de miocardite e pericardite foram observados após a vacinação com as vacinas de mRNA Covid-19", diz o comunicado, referindo-se aos dois imunizantes que usam essa tecnologia, da Pfizer e da Moderna.

"Os benefícios das vacinas de mRNA Covid-19 superam os riscos na redução de hospitalizações e mortes devido a infecções por Covid-19", afirma o documento.

Dados disponíveis sugerem que os casos de miocardite e pericardite após a vacinação foram "geralmente leves" e responderam ao tratamento como repouso ou anti-inflamatórios, disse a OMS.

"O acompanhamento está em andamento para determinar os resultados de longo prazo", ressalto o comunicado.

“Os indivíduos vacinados devem ser instruídos a procurar atendimento médico imediato se desenvolverem sintomas indicativos de miocardite ou pericardite, como dor torácica persistente, falta de ar ou palpitações após a vacinação”, acrescenta.

No início desta sexta-feira (9), a agência reguladora da Europa disse ter encontrado uma possível ligação entre uma inflamação cardíaca muito rara e as vacinas Covid-19 da Pfizer e Moderna. O órgão, no entanto, também enfatizou que os benefícios dos imunizantes superaram quaisquer riscos.