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    Empresas só poderão vender vacinas após imunização de prioritários, diz Pacheco

    Presidente do Senado diz que doses compradas antes de grupos do PNI serem imunizados devem ir ao SUS; texto permite que Ministério assuma riscos de vacinação

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), detalhou nesta terça-feira (23) a proposta elaborada pela Casa para que que estados, municípios e iniciativa privada possam comprar vacinas contra a Covid-19 direto das farmacêuticas.

    “[O projeto] trata da possibilidade de que a iniciativa privada possa adquirir vacinas, mas no próprio projeto há uma trava: enquanto não houver vacinação das prioridades nacionais dentro do Plano Nacional de Imunização, a aquisição pela iniciativa privada deverá, obrigatoriamente, destinar o produto dessas aquisições para o Sistema Único de Saúde (SUS), disse Pacheco.

    De acordo com o senador, o objetivo dessa medida é permitir que iniciativas de filantropia e pessoas jurídicas possam contribuir com o Estado brasileiro fazendo contratos diretos com os laboratórios farmacêutivos.

    “Tão logo se cumpra a finalidade principal, que é vacinar as prioridades do PNI, então que se possa ter a livre-iniciativa nesse sentido, para que possa adquirir, inclusive, para comercializar no futuro”, explicou.

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG)
    Foto: CNN (23.fev.2021)

    Pacheco afirmou ainda que outro objetivo do PL é estender a estados, municípios e ao Distrito Federal a autorização para que também possam adquirir vacinas sem intermediação do Ministério da Saúde.

    Por fim, ele disse que outra finalidade do texto será dar “segurança jurídica” para que o Ministério da Saúde e o governo federal assumam riscos inerentes à vacinação, como exigem alguns fabricantes de vacinas, como a Pfizer.

    “Esse projeto de lei, que apresentei com ciência do ministro da Saúde, (…) permite que a União possa constituir garantias, caução para que possa fazer a aquisição dessas vacinas. Era um ponto de ajuste normativo para dar segurança jurídica ao Ministério e ao governo para fazer aquisições de indústrias que exigiam esse tipo de cláusulas em seus contratos.”

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