Com gripe, Lula muda agenda, mas cumpre compromissos na França
Presidente cortou parte da participação na COP dos Oceanos e viajou mais cedo a Lyon
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encerrou sua visita à França poucas horas antes do previsto devido a sintomas de gripe.
O próprio Lula afirmou no último discurso de seu giro pelo país europeu, na sede da Interpol, em Lyon, que quase voltou ao Brasil um dia antes do previsto, na noite de domingo (8).
“Vocês estão percebendo que a minha voz está muito rouca. Eu quero dizer ao companheiro [Valdecy] Urquiza que eu ia voltar para o Brasil ontem à noite. Mas eu fui provocado pelo Andrei [Rodrigues] e pela minha delegação, porque não é comum um presidente da República visitar a Interpol. Então, eu deveria fazer todo o sacrifício para estar aqui”, disse ele no início da tarde desta segunda-feira (9).
A CNN Brasil apurou com integrantes da delegação brasileira que o presidente teve sintomas de gripe durante o final de semana.
Mesmo com mudanças na agenda e um corte na participação na plenária da chamada COP dos Oceanos, que economizou algumas horas de Lula na cidade de Nice, o presidente compareceu a todos os compromissos nesta segunda.
No domingo pela manhã, ele participou de um único evento público, no principado de Mônaco. Na ocasião, o presidente já parecia menos animado do que no sábado (7) – quando deu entrevista coletiva e chegou a brincar com os jornalistas.
Na noite do mesmo dia, ele chegou a contemplar a volta antecipada ao Brasil, cogitando cancelar suas participações na COP dos Oceanos, na cidade de Nice, e a visita à sede da Interpol.
Ele resolveu, no entanto, antecipar a volta ao Brasil em algumas horas, cortando parte de sua agenda na COP dos Oceanos e viajando mais cedo a Lyon.
No processo, ele decidiu abrir mão de um jantar de gala da Cúpula dos Oceanos, como a CNN antecipou.
A ausência de Lula chamou a atenção, porque o evento foi realizado no próprio hotel onde ele se hospedou na cidade litorânea francesa.
Os anfitriões do jantar foram os líderes da ONU e o presidente francês, Emmanuel Macron, com quem o presidente tem uma ótima relação.
Mudanças na agenda presidencial durante viagens internacionais são relativamente comuns, especialmente em relação a encontros bilaterais que acontecem às margens de grandes eventos – muitas vezes decorrentes de atrasos de última hora nas agendas dos vários líderes presentes.
Mas são mais raras mudanças concentradas em poucas horas e no final das viagens.