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    Américo Martins
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    Américo Martins

    Especialista em jornalismo internacional e fascinado pelo mundo desde sempre, foi diretor da BBC de Londres e VP de Conteúdo da CNN; já visitou mais de 70 países

    Guerra se alastra por sete frentes diferentes no Oriente Médio

    Ataque massivo do Irã amplia ainda mais o conflito e levará a nova retaliação de Israel, muito provavelmente com o apoio dos Estados Unidos

    O que era um temor passou a ser realidade: o sangrento conflito no Oriente Médio já é uma guerra regional com sete frentes diferentes de combate.

    A última delas foi aberta de fato na terça-feira (1º) com os ataques do Irã, que lançou cerca de 200 mísseis balísticos e de cruzeiro contra o território de Israel.

    A maior parte dos mísseis foi interceptada ainda no ar, com ajuda dos militares dos Estados Unidos, Reino Unido e outros países (inclusive árabes) que ajudaram mais uma vez a defender os israelenses.

    Mas a intenção do governo iraniano era clara: causar o máximo de danos possíveis para vingar as mortes dos líderes do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do Hamas, Ismail Haniyeh – este último morto em julho em plena Teerã, a capital do Irã.

    A resposta de Israel, com ataques contra o território e interesses iranianos, é inevitável.

    O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que os líderes iranianos cometeram “um grande erro” e já confirmou que vai revidar.

    Sete linhas de frente

    Com o conflito aberto com o Irã, Israel passa agora a combater em sete linhas de frente – o chamado “círculo de fogo”, composto não apenas pela República Islâmica mas também por grupos e milícias financiadas e armadas por Teerã.

    As outras seis frentes são dominadas por vários inimigos de Israel:

    • Hamas, na Faixa de Gaza
    • Hezbollah, no sul do Líbano
    • O governo e milícias na Síria
    • Rebeldes Houthis que controlam boa parte do Iêmen
    • Grupos paramilitares xiitas no Iraque
    • Militantes de vários grupos na Cisjordânia

    O exército israelense está combatendo no terreno em três desses territórios: a Faixa de Gaza (área original da guerra, iniciada com os bárbaros ataques dos militantes do Hamas contra civis no sul de Israel, no dia 7 de outubro do ano passado); o sul do Líbano, invadido no início da semana; e a Cisjordânia, onde as Forças de Defesa de Israel vêm atacando vários grupos militantes nas últimas semanas.

    Nos outros territórios, o envolvimento dos israelenses se dá através de bombardeios de sua força aérea.

    Agora, os militares israelenses estão planejando a resposta ao Irã – a cabeça desse polvo com vários tentáculos militares.

    Os alvos dos israelenses poderão ser instalações de petróleo do Irã ou até mesmo os locais onde o regime tenta enriquecer urânio para a fabricação de uma bomba nuclear.

    É muito provável que os militares dos Estados Unidos não apenas apoiem o revide mas também ajudem os israelenses de alguma forma nos ataques –especialmente com logística e informações de inteligência.

    A forma desse revide bem como a extensão da participação americana nele vão definir se o conflito vai se ampliar ainda mais, tendo impactos de fato globais ou não.

    O que se sabe sobre o ataque do Irã contra Israel

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