Defesa de presos por morte de delator do PCC nega confissão do crime
A versão confronta informação da Polícia Civil de São Paulo
A defesa de três homens acusados de envolvimento na morte de Vinícius Gritzbach, ex-delator do PCC assassinado no aeroporto de Guarulhos (SP), negou que seus clientes tenham confessado participação no crime.
“Não houve confissão e nunca haverá, pois os fatos colocados pela polícia são totalmente falsos. E serão absolutamente esclarecidos no curso do inquérito com o depoimento na sexta”, disse à advogado Eduardo Kuntz.
A versão confronta informação da Polícia Civil de São Paulo.
No sábado (7), o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, secretário-executivo de Segurança Pública de São Paulo, afirmou que Matheus teria confessado que ajudou Kauê do Amaral Coelho, identificado como olheiro da facção que estava dentro do aeroporto, a fugir para o Rio de Janeiro.
“Ele disse que pegou uma missão, pagaram para ele e ele foi cumprir. A missão foi tirar o Kauê do foco”, afirmou o secretário-executivo durante coletiva à imprensa.
A CNN procurou a Polícia Civil de SP, que manteve a informação de que houve confissão.
Prisão e soltura
Matheus Soares Brito, o irmão Marcos Henrique Soares, e o tio deles Allan Pereira Soares foram presos entre sexta (6) e sábado (7), após denúncia anônima. Segundo a investigação, eles possuíam munições de fuzis do mesmo calibre usado no crime.
Marcos Soares e Allan Pereira, no entanto, prestaram depoimento e foram soltos em menos de 24 horas. No caso de Matheus Soares, a prisão foi mantida por 30 dias.