Testes sobre Margem Equatorial são um passo e tanto, diz chefe do Ibama
Segundo presidente do instituto ambiental, técnicos do órgão ainda irão se reunir com a equipe da Petrobras para elaborar um cronograma e definir de que forma os testes serão colocados em prática
O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, afirmou à CNN que a autorização dada à Petrobras para avançar com estudos na Foz do Rio Amazonas, na Margem Equatorial, “ainda não é a licença de pesquisa” em si, mas ressaltou que o aval para a realização dessa etapa preparatória “é um passo e tanto”.
O Ibama e a petroleira ainda terão uma reunião, em data a ser definida, para definir de que forma os testes serão colocados em prática. Na ocasião, será elaborado um cronograma de comum acordo entre as partes.
“A Petrobras deve se reunir com a equipe do Ibama que fica no Rio de Janeiro, nos próximos dias. Eles devem receber oficialmente os pareceres [sobre a etapa de estudos] hoje [terça]”, disse Agostinho à CNN.
O Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF) da Petrobras, que será testado, é o planejamento da empresa em caso de acidentes motivados pela possível exploração de petróleo.
Perguntado sobre as razões que fizeram o Ibama mudar de ideia sobre o andamento do plano, Agostinho atribuiu a decisão a áreas temáticas.
“A coordenação de óleo e gás e a diretoria entendem que esse plano precisa ser testado. Por isso a decisão de se realizar os simulados (Avaliação Pré Operacional)”, disse à CNN.
O Ibama tem sido alvo de pressões políticas para ceder ao pedido de pesquisa e exploração pela Petrobras na Margem Equatorial, considerada o novo Eldorado do petróleo.
À CNN, Agostinho evitou falar em exploração e disse que as etapas do processo precisam ser respeitadas.



