Caio Junqueira
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Caio Junqueira

Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

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Margem Equatorial: CNI estima renda de R$ 175 bi e quase 500 mil empregos

Confederação também calculou entre R$ 3,6 bilhões e R$ 5,4 bilhões anuais em royalties

Plataforma P-71, instalado no campo de Itapu, no pré-sal da Bacia de Santos  • Tânia Rêgo/Agência Brasil
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Um estudo do Observatório Nacional da Indústria da CNI (Confederação Nacional da Indústria) aponta que a exploração de petróleo na Margem Equatorial brasileira gere 495 mil empregos e tenha um impacto de R$ 175 bilhões no PIB.

De acordo com a CNI, o estudo considerou a existência de uma cadeia produtiva de máquinas, equipamentos e serviços de suporte nos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, a partir da hipótese de operação de um bloco por estado, com produção estimada em 300 mil barris por dia, preço do barril a US$ 60 e câmbio de R$ 5,50.

A confederação também calculou o potencial de royalties: entre R$ 3,6 bilhões e R$ 5,4 bilhões anuais, além de R$ 270 milhões destinados às atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).

Nesta tarde, a CNI divulgou uma nota de apoio à exploração.

“A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifesta apoio à decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de conceder à Petrobras a licença para operação do primeiro poço em águas profundas na Margem Equatorial – região que se consolida como uma das novas fronteiras energéticas mais promissoras do país. A medida representa um avanço importante para avaliar o potencial de produção de petróleo e gás na costa norte brasileira, em área de alta relevância estratégica para uma transição energética justa e sustentável”, afirma o texto.

O setor de óleo e gás tem papel central na economia brasileira, respondendo por 9% do PIB industrial e por mais de R$ 1,8 trilhão em tributos e royalties arrecadados na última década.

Esses recursos são distribuídos entre União, estados e municípios, com aplicação em áreas como educação, saúde e políticas sociais.

Ela diz que “a ampliação das atividades na Margem Equatorial pode, portanto, contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento regional e para a redução das desigualdades socioeconômicas nas regiões Norte e Nordeste”.

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