Setor privado adota “otimismo moderado” após ligação entre Lula e Trump
Principal questionamento nas conversas é determinação de Trump de designar Marco Rubio como seu canal para negociar com o Brasil
Integrantes do setor privado brasileiro adotaram um “otimismo moderado” após as primeiras informações sobre a conversa entre os presidentes Donald Trump e Lula.
Embora comemorem o que consideram um grande avanço para a estabilização da relação entre os dois países, o principal ponto de questionamento nas conversas é a determinação de Trump de designar o secretário de Estado, Marco Rubio, como o seu canal para negociar com o Brasil.
A leitura é a de que ter o Marco Rubio conduzindo as negociações não é um bom sinal já que ele é próximo ao bolsonarismo e defendeu o tarifaço e as sanções a autoridades brasileiras em razão do julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Para empresários, o Departamento de Estado não tem mandato para negociar nada na área comercial e econômica.
Apesar deste ponto de atenção, empresários parabenizaram o governo pela ligação.
O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ricardo Alban, por exemplo, manifestou ao vice-presidente Geraldo Alckmin, que participou da reunião com Trump, a importância de questões políticas terem sido deixadas de lado na conversa e priorizado o comércio bilateral.
A expectativa agora é de que haja uma evolução para um encontro pessoalmente entre ambos e que até lá sejam incluídas mais produtos brasileiros na lista de exceções ao tarifaço.



