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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    William Waack

    Análise: Voto útil escancara dificuldade de conquistar eleitor

    Pedir voto útil faz parte do jogo. Vender a ideia de que é uma obrigação, não é

    Um crescente movimento pelo voto útil tomou conta da campanha eleitoral país afora.

    Ele escancara desde dificuldades de políticos como Lula e Bolsonaro transferirem votos, até divisões nos eleitorados à esquerda e à direita.

    Em São Paulo, por exemplo, Ricardo Nunes teme ser superado por Pablo Marçal e vende a ideia de que só ele derrota a esquerda no segundo turno.

    Guilherme Boulos, por sua vez, teme passar para a história como o primeiro candidato de esquerda a não ir para o segundo turno e vende a ideia de que os eleitores de Tabata Amaral votem nele.

    O problema é que o apelo ao voto útil é um instrumento tão antigo quanto questionável. Primeiro, porque impede o eleitor de votar no seu candidato preferido. Segundo, porque impede que as ideias e propostas do candidato preferido ganhem força no debate público.

    Pedir voto útil faz parte do jogo. Vender a ideia de que é uma obrigação, não é.

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