
Análise: Governo prevê estratégia para estancar crise do INSS
A nova tática passa por uma lavagem de roupa suja interna, culpando a CGU por não ter alertado o governo sobre o que acontecia


A primeira estratégia do governo na crise do INSS foi culpar o antecessor, Bolsonaro, e vender a ideia de que o atual governo combate a corrupção.
Ela não se sustentou porque os fatos não a ajudaram a se sustentar.
O escândalo virou assunto nacional, e o cenário obrigou o governo a uma revisão da estratégia.
A nova tática passa por uma lavagem de roupa suja interna, culpando a Controladoria-Geral da União por não ter alertado o governo sobre o que acontecia.
Também considera apoiar uma CPI mais ampla que apure tanto o governo atual quanto o passado.
E inclui a elaboração de dossiês para dar munição e rebater mais rapidamente as acusações da oposição.
Não dá para saber se a nova estratégia vai tirar o governo do buraco em que se meteu.
Mesmo porque o essencial para a estratégia vingar ainda não apareceu: como, quando e de onde o governo pretende tirar os recursos para ressarcir as vítimas.