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    Caio Junqueira
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    Caio Junqueira

    Formado em Direito e Jornalismo, cobre política há 20 anos, 10 deles em Brasília cobrindo os 3 Poderes. Passou por Folha, Valor, Estadão e Crusoé

    Governo Lula defende frieza e cautela em reação a tarifas de Trump

    Planalto avalia manter linha de negociação com a Casa Branca

    O governo Lula adotou extrema cautela nas horas que se seguiram ao anúncio da Casa Branca em taxar em 25% o aço e o alumínio do Brasil. As tarifas entraram em vigor nesta quarta-feira (12).

    Fontes do Palácio do Planalto, do Itamaraty e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio com as quais a CNN conversou evitaram fazer qualquer aposta sobre qual será o caminho a ser adotado pelo Brasil como reação.

    No entanto, há em comum entre eles a percepção de que a resposta deve ser avaliada friamente, com calma e cautela e que é preciso manter o diálogo aberto com os americanos acima de tudo.

    No Itamaraty, por exemplo, a leitura de diplomatas é de que os Estados Unidos mantiveram o prazo de entrada em vigor da tarifa no dia 12 de março e não abriram nenhuma exceção a qualquer país.

    Além disso, foi ressaltado à CNN que há um diálogo com os norte-americanos em andamento e que nesta quarta-feira o quadro mais amplo será avaliado.

    No Planalto, a avaliação foi de que não haverá uma reação “emocional”, que a estratégia de manter uma linha de negociação com a Casa Branca será mantida e que o Brasil não deve se mostrar intransigente no diálogo com os americanos.

    A percepção é de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem feito anúncios impactantes na mesma medida em que tem recuado deles e os colocado na mesa de negociação com os países-alvo.

    Logo, o caminho da negociação deve ser mantido.

    Isso não significa que a depender da evolução das tratativas o Brasil adote a reciprocidade ou uma medida mais agressiva como a entrada na Organização Mundial do Comércio.

    Há o entendimento, contudo, que ainda há etapas a queimar até se chegar a essas ações e que a rigor no curto prazo elas mais agravariam o quadro para o Brasil do que ajudariam.

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