Oposição pede convocação de Amorim e embaixadora para esclarecer eleição na Venezuela
De acordo com justificativa do pedido, "presença de um ex-Chanceler como enviado brasileiro em processo eleitoral de país vizinho" requer "relato detalhado sobre observações feitas


A oposição ao presidente Lula no Congresso Nacional formalizou nesta terça-feira um requerimento no qual pede a convocação do assessor internacional da Presidência da República, Celso Amorim, e da embaixadora do Brasil na Venezuela, Glivânia Maria de Oliveira, para prestar informações sobre as eleições na Venezuela.
O pedido foi protocolado pela senadora Tereza Cristina (PP-MS) e direcionado a Comissão de Relações Exteriores do Senado.
Na justificativa do pedido de Amorim, ela diz que “a presença de um ex-Chanceler como enviado brasileiro em um processo eleitoral de um país vizinho, especialmente em um contexto politicamente sensível como o da Venezuela, requer um relato detalhado sobre as observações feitas, as reuniões realizadas e as conclusões tiradas”.
Afirma ainda que “a Comissão de Relações Exteriores precisa dessas informações para avaliar o impacto das eleições venezuelanas na região e nas relações bilaterais” e que “é fundamental que o representante do governo preste contas sobre sua missão oficial, garantindo que as ações tomadas em nome do Brasil estejam alinhadas com os interesses nacionais e com os princípios democráticos e de respeito à soberania dos países vizinhos”.
Já a convocação de Glivânia diz que ela, “como principal representante diplomática do Brasil na Venezuela, tem uma visão privilegiada e detalhada sobre o processo eleitoral e suas implicações políticas” e que “seu testemunho é crucial para uma análise precisa das condições em que se deram as eleições e dos desdobramentos políticos subsequentes”.
Afirma ainda que “é importante que o Senado e a sociedade brasileira recebam informações transparentes sobre as ações e observações da embaixada durante o período eleitoral. Isso inclui relatos sobre reuniões, observações diretas do processo eleitoral e interações com autoridades venezuelanas e outros observadores internacionais”.