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    Clarissa Oliveira
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    Clarissa Oliveira

    Viveu seis anos em Brasília. Foi repórter, editora, colunista e diretora em grandes redações, como Folha, Estadão, iG, Band e Veja

    Análise: Marina Helena recorre a costumes e privatizações em busca do voto bolsonarista

    À CNN, candidata do Novo tomou distância de Marçal e condenou volta do PT

    Apresentando-se como uma candidata capaz de representar ideias da direita na eleição para o comando da maior cidade do país, Marina Helena (Novo) tenta conquistar votos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sem qualquer vislumbre de endosso daquele que descreve como o principal líder da direita brasileira.

    Convidada desta quinta-feira (22) para a série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de São Paulo, a candidata do Novo agarrou-se em boa parte à chamada pauta de costumes.

    A rejeição ao aborto legal após a 22ª semana e a crítica ferrenha ao ensino público são alguns dos itens que fazem parte do cardápio. E, em alguns momentos da entrevista, a candidata do Novo optou por um discurso acalorado.

    Marina Helena diz considerar que o aborto no Brasil foi autorizado após a 22ª semana por uma “canetada” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

    Por decisão do ministro, foi considerada inconstitucional uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) que proibia o procedimento de assistolia fetal, usado para interromper a gravidez em estágio mais avançado.

    A candidata foi questionada se, sob seu comando, a cidade de São Paulo garantiria o direito constitucional de mulheres e meninas vítimas de estupro realizarem o procedimento na rede pública independentemente do período em que está a gestação.

    Ao fim, disse que cumprirá a lei. Mas não sem antes insistir que trabalhará para mudar a legislação sobre o tema e dizendo acreditar que as regras serão alteradas antes de sua eventual posse como prefeita.

    Ex-diretora de Desestatizações no Ministério da Economia, Marina Helena também fez uma defesa enfática da proposta de transferir para a iniciativa privada a gestão das escolas municipais.

    De acordo com ela, a medida permitirá aumentar a competição entre professores concursados e aqueles contratados por meio da gestão privada, melhorando o desempenho geral dos alunos. Mas a candidata não detalhou como se daria esse processo de transição para o modelo privado e, principalmente, que destino dará aos atuais professores e servidores da rede pública.

    Marina Helena também falou sobre o balanço da Petrobras. A companhia teve no ano passado o maior lucro de sua história: R$ 124,6 bilhões. Mas a candidata destacou o prejuízo registrado pela companhia no segundo trimestre deste ano, que foi de R$ 2,6 bilhões, sem detalhar que as perdas decorrem da adesão da empresa a um acordo para encerrar disputas judiciais e de efeitos cambiais. Sem isso, segundo a própria Petrobras, o lucro trimestral teria chegado a R$ 28 bilhões.

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