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    Débora Bergamasco
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    Débora Bergamasco

    Débora Bergamasco é jornalista, com passagem pelas redações de Estadão, Folha, O Globo, Época, IstoÉ e SBT

    Análise: o custo da sabatina do novo presidente do BC

    Indicação de Gabriel Galípolo deve ter maciça votação favorável, mas com senadores em busca de algo em troca por parte do governo

    O Senado vai aprovar a indicação de Gabriel Galípolo como novo presidente do Banco Central com maciça votação favorável. O que está em jogo é quando e em troca do quê.

    Para comandar o BC em 2024, Galípolo, que já é diretor de Política Monetária do banco, precisa ser sabatinado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e aprovado em plenário.

    Oficialmente, a data da inquirição será estabelecida pelo presidente da CAE, Vanderlan Cardoso (PSD-GO).

    Só Vanderlan tem três demandas:

    • que o governo altere e devolva ao Congresso na próxima segunda-feira (2) o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) sobre armas para atender mais demandas dos CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) e também de clubes de tiro;
    • o destrave da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para transformar o BC em uma espécie de empresa pública, com autonomia orçamentária;
    • e a aceleração de um desfecho positivo sobre o imbróglio das emendas parlamentares, criticadas pelo governo Lula e suspensas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    Na terça-feira (3), Vanderlan vai se reunir com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para discutir a data da sabatina.

    Pacheco aproveitará a oportunidade em que o governo precisa do Senado para também ajudar emplacar suas pautas.

    A principal delas é a renegociação da dívida dos estados com a União. Só sua Minas Gerais deve hoje cerca de R$ 165 bilhões ao Tesouro.

    Líderes foram consultados por Pacheco e Vanderlan. A maioria deles também exige a reabilitação das emendas.

    Os líderes disseram aos dois que não têm a menor pressa para atender ao governo e sabatinar Galípolo.

    A preferência dos senadores é que a agonia do governo se estenda até depois das eleições municipais, no dia 6 de outubro.

    O que o eleitor pode e não pode levar para a urna no dia da votação?

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