Vendas de ingressos nos cinemas nos EUA e no Canadá estão 9,8% abaixo do que em 2023
No Brasil a expectativa é de uma queda de 5% na bilheteria em 2024


Apesar dos sucessos na cerimônia do Oscar no domingo, os próximos meses nas bilheterias dos cinemas não serão dos melhores lá fora e nem aqui no Brasil.
As vendas de ingressos nos EUA e no Canadá estão 9,8% abaixo do que em 2023, de acordo com a Comscore.
Com isso, as receitas de bilheteria doméstica devem cair para 8,5 bilhões de dólares neste ano, uma queda de 5% em relação a 2023, é o que estima a empresa de análise B. Riley Securities.
A greve dos atores e roteiristas no ano passado, que forçaram a paralisação de filmagens e pós-produção durante meses, foi o que impactou o cronograma de lançamentos de filmes deste ano, é o que diz a Reuters.
O presidente-executivo da cadeia de cinemas Vue, Tim Richards, acredita que a bilheteria em 2024 será uma das piores dos últimos 3 anos em todo o mundo. E o Lúcio Otoni, presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (FENEEC), aqui no Brasil, confirma o cenário.
A bilheteria brasileira em 2024 deve ficar 5% menor do que em 2023, e ainda longe de alcançar os números de 2019.
Isso porque, além deste setor não ter retornado ao ritmo pré-pandemia, não se imaginava que a greve de Hollywood, a mais longa da história, fosse atrapalhar tanto os lançamentos. Muitos foram adiados para 2025.
A única parte boa da história, segundo Lúcio, é que os filmes nacionais neste ano estão tendo uma performance melhor e é isso que pode aliviar um pouco a queda de bilheteria no Brasil.
Lançamentos
Na Walt Disney, o presidente-executivo Bob Iger confirmou que a empresa tem 10 filmes em sua programação de lançamento neste ano.
A Marvel Studios, da Disney, que vinha lançando de dois a três filmes por ano, tem apenas um previsto para 2024: “Deadpool & Wolverine”, que chegará aos cinemas em julho.
A Universal Pictures planeja uma dúzia de lançamentos, inclusive a quarta parte da franquia de animação “Meu Malvado Favorito”.
Por fim, ainda são aguardados anúncios de lançamentos para este ano.
Mas o otimismo quanto a uma recuperação de bilheteria ficou para 2025, quando muitos filmes atrasados pela greve estarão prontos.