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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

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    Bilionários ficaram US$ 2 tri mais ricos em 2024, diz Oxfam em Davos

    ONG sugere imposto global para super-ricos como caminho para reduzir desigualdade

    Bilionários ficaram ricos ainda mais rápido no ano de 2024, enquanto os mais pobres seguem no mesmo patamar de riqueza há décadas. Essa é uma das conclusões de um estudo da Oxfam, ONG que luta contra a desigualdade social e pobreza, apresentado no primeiro dia do Fórum Econômico Mundial.

    O estudo “Takers Not Makers” cita que os bilionários acumularam cerca de US$ 2 trilhões extras no ano passado – cerca de US$ 5,7 bilhões por dia. Esse ritmo de enriquecimento é três vezes mais rápido que o visto em 2023.

    Como resultado, quase quatro novo bilionários surgiram no mundo a cada semana de 2024. O estudo cita que, em 2024, o número de bilionários subiu para 2.769 – um aumento de 204 pessoas que passaram a estar nesse grupo.

    “Enquanto isso, o número de pessoas vivendo na pobreza mal mudou desde 1990, de acordo com dados do Banco Mundial”, cita o estudo.

    A Oxfam chama atenção para a coincidência das datas nesta segunda-feira. Enquanto a elite global começa a reunião anual de uma semana nos Alpes Suíços, o presidente Donal Trump toma posse nos Estados Unidos.

    “A captura da nossa economia global por um seleto grupo privilegiado atingiu níveis antes inimagináveis. A falha em deter os bilionários agora está gerando futuros trilionários. Não apenas a taxa de acumulação de riqueza dos bilionários acelerou, mas também seu poder”, disse Amitabh Behar, diretor-executivo da Oxfam Internacional.

    Diante do cenário, a ONG sugere que o mundo deveria criar um imposto para os super-ricos.

    A política tributária global deve se enquadrar em uma nova convenção tributária da ONU, garantindo que as pessoas e corporações mais ricas paguem sua cota justa”, propõe o estudo. “Os paraísos fiscais devem ser abolidos”.

    Juntos, os bilionários possuem cerca de US$ 14 trilhões em ativos, com um aumento de US$ 2 trilhões em um ano.

    “Este é o segundo maior aumento anual na riqueza bilionária desde que os registros começaram. A riqueza dos dez homens mais ricos do mundo cresceu em média quase US$ 100 milhões por dia. Mesmo que perdessem 99% de sua riqueza da noite para o dia, eles continuariam bilionários”, cita o estudo.

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