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    Fernando Nakagawa
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    Fernando Nakagawa

    Repórter econômico desde 2000. Ex-Estadão, Folha de S.Paulo, Valor Econômico e Gazeta Mercantil. Paulistano, mas já morou em Brasília, Londres e Madri

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    G20: A grande dúvida do comunicado e algumas certezas no Rio

    Geopolítica gera racha no grupo com divergências profundas sobre as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza

    A geopolítica continua sendo a grande dúvida no G20. A poucos dias da reunião dos chefes de Estado, diplomatas seguem debatendo dois temas profundamente espinhosos para os países do grupo: as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza.

    O tópico tem recebido atenção especial dos diplomatas brasileiros. O tema foi expurgado das discussões setoriais, e concentrado em uma instância restrita: só com países membros (sem convidados) e com apenas uma pessoa por delegação.

    A restrição tenta acelerar as negociações no esforço do Brasil de tentar chegar a um acordo mínimo sobre como abordar o tema no comunicado final do G20.

    Há divergência profunda sobre como abordar a guerra na Ucrânia. Parte do grupo – basicamente os países ricos – têm firme posição de defesa de Kiev no conflito. Enquanto outra parte do G20 – principalmente membros do chamado “Sul Global” – entende que ucranianos e russos deveriam, ambos, serem tratados com tom crítico.

    A guerra na Faixa de Gaza gera o mesmo tipo de cizânia. Parte dos países apoia os ataques de Israel, enquanto os demais defendem posição mais equilibrada entre as duas partes do conflito.

    Sem posição consensual sobre o tema, a geopolítica tem sido alvo das reuniões mais divergentes do G20 no Brasil. “São discussões difíceis, mas dentro do previsto”, resume um dos participantes das duas reuniões que ocorreram no Rio de Janeiro sobre o tema. A primeira ocorreu na quarta (13) e a última foi na noite de ontem (14).

    As certezas

    Apesar da divergência profunda sobre o tema, há algumas certezas.

    A primeira é que o comunicado vai tratar de maneira genérica o desejo do Brasil de criar um sistema global de taxação dos super-ricos. O tema emperrou porque alguns países discordam da adoção de um sistema internacional sobre o tema.

    Assim, o Brasil não conseguiu avançar com a proposta de taxação mínima de 2% anual sobre o patrimônio dos bilionários.

    Portanto, essa é uma certeza: o comunicado não tratará uma alíquota.

    Outra certeza diz respeito à reunião de cúpula, entre os chefes de Estado.

    Havia o rumor de que Vladimir Putin, presidente da Rússia, poderia participar por vídeo. Até a noite de quinta-feira (14) diplomatas brasileiros ligados à organização diziam com firmeza que não havia essa possibilidade. “Descartado”, citavam.

    O líder russo não virá ao Brasil porque o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandado de prisão contra Putin por supostos crimes de guerra na Ucrânia.

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