Gustavo Uribe
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Uribe tem duas paixões: política e café. Cobriu 4 presidentes e 4 eleições presidenciais. E acorda todo dia às 5h da manhã para trazer em primeira mão os bastidores do poder

Com meta zero, governo trabalha com fator surpresa para o mercado financeiro

A decisão de repetir a meta de déficit zero faz parte de estratégia para não gerar expectativas que podem ser frustradas, ainda mais às vésperas de eleição presidencial

Placa sinaliza o Palácio do Planalto em Brasília  • Eduardo.Coutinho/Wikimedia Commons
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O anúncio de prever para 2025 uma meta fiscal de déficit zero, o que foi antecipado pela CNN Brasil, faz parte de uma estratégia política do governo petista.

A equipe econômica, até o último minuto, defendia um superávit, nem que fosse de 0,10%. O Palácio do Planalto, no entanto, se opôs.

A avaliação é de que, neste momento, é melhor surpreender do que frustrar o mercado financeiro.

Ou seja, fazer uma aposta de um cenário realista para tentar surpreender o mercado financeiro, às vésperas de uma eleição presidencial, com um superávit.

A previsão inicial era de um superávit de 0,5%. Com uma frustração no ritmo de arrecadação neste início do ano e com as turbulências do cenário internacional, a expectativa baixou para 0,25%.

E chegou a uma meta zero. Para tentar gerar um clima de otimismo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a defender um superávit.

A equipe política, porém, convenceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que era melhor ter uma expectativa realista, até mesmo pessimista.

E, assim, gerar uma pauta positiva caso o resultado seja de superávit. Uma pauta positiva às vésperas da candidatura à reeleição do petista.

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