Governo usa operação contra Master para reforçar discurso em defesa da PF
Distribuição de recursos para corporação é um dos principais embates do PL Antifacção
O governo federal pretende usar a operação desta terça-feira (18) em torno do Banco Master como um último argumento contra a perda de recursos da PF (Polícia Federal).
A força-tarefa da PF foi deflagrada no mesmo dia em que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautou o PL Antifacção.
A última versão do relator Guilherme Derrite (PP-SP), segundo o governo federal, reduz em R$ 27 milhões os recursos disponíveis para Polícia Federal, além de R$ 300 milhões de fundos de segurança pública e de combate às drogas.
Desde a manhã desta terça, o Palácio do Planalto tem argumentado que reduzir os recursos da Polícia Federal é prejudicar o combate à criminalidade. E que, portanto, a última versão precisa ser alterada.
Hugo se reunirá ainda nesta terça-feira (18) com os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). O objetivo é tentar chegar a um consenso antes que a proposta seja levada a plenário.
A maior parte dos líderes partidários concorda que a garantia de que não haverá perdas para a Polícia Federal precisa ser analisada, nem que votada por meio de um destaque.
A Operação Compliance Zero combate a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional.
Estão sendo investigados os crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária, organização criminosa, entre outros.



