O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve discutir propostas que estabelecem restrições às apostas online após o primeiro turno das eleições municipais.

Segundo líderes partidários, Pacheco sinalizou que pretende tratar dos projetos no âmbito do colégio de líderes para definir o trâmite e a eventual votação.

Na Casa Legislativa, há iniciativas para restringir que beneficiários usem recursos do Bolsa Família para fazer apostas. Outros textos defendem a restrição de publicidade e a proibição de jogos envolvendo resultados eleitorais.

Senadores da base aliada afirmam que a ideia é tentar construir um “pacotão” para ser votado ainda neste ano.

O projeto de lei que legaliza os jogos de azar no Brasil também deve entrar nas agendas de discussão.

A iniciativa já foi aprovada pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e aguarda ser pautada no plenário da Casa Legislativa.

Nos bastidores, contudo, governistas reconhecem que os problemas envolvendo as apostas online podem adiar a tramitação dos jogos de azar.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se irritou com a repercussão negativa de relatório do Banco Central. Levantamento apontou que, apenas em agosto, beneficiários do Bolsa Família apostaram R$ 3 bilhões em bets.

Os partidos de oposição têm explorado o episódio para criticar o governo petista, apelidando o benefício social de “Bolsa Bet”.

Desde a semana passada, representantes do Executivo, Legislativo e Judiciário iniciaram movimento para tentar criar regras mais rígidas para as apostas online.