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    José Eduardo Cardozo
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    José Eduardo Cardozo

    Comentarista da CNN. Advogado e professor de direito da PUC-SP e ESPM/SP. Mestre e Doutor em Direito, foi ministro da Justiça e Advogado-Geral da União no governo de Dilma Rousseff

    Cardozo: Militares têm que cumprir seu papel no Estado, fora de eleições

    "Policiais e militares [devem] guarnecer a segurança pública e o Estado. Esse é o seu papel, cabe a eles fazer isso. Contaminar estes serviços pela disputa político-ideológica só trazem consequências graves"

    Militares têm que cumprir seu papel no Estado, independentemente das disputas eleitorais, afirmou o comentarista José Eduardo Cardozo no programa O Grande Debate desta sexta-feira (14).

    “Militares, policiais, sejam civis ou militares, juízes, membros do MP [Ministério Público], têm que cumprir o seu papel no Estado, independentemente das disputas eleitorais. Eles têm um papel quando juízes de arbitrar essa disputa, quando promotor, de exercer as nobres atribuições dessa instituição nessas disputas”, opinou.

    “Enquanto policiais e militares [devem] guarnecer a segurança pública e o Estado. Esse é o seu papel, cabe a eles fazer isso. Contaminar estes serviços pela disputa político-ideológica só traz consequências graves”, prosseguiu.

    Em entrevista à CNN, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limite a participação de militares e policiais nas eleições a tempo de 2026. Para ele, é imperativa uma regra constitucional que retire quem usa farda do ringue político.

    “Concordância total com o que disse o ministro Gilmar Mendes. Não é de hoje, já há muito tempo eu acho que carreiras de Estado no sentido estrito da expressão, notadamente aquelas que ocupam um papel de coordenação e de execução do aparato repressivo do Estado não podem participar de disputas político-eleitorais”, disse Cardozo.

    “Por que acho isso? Exatamente pelo que disse o ministro Gilmar Mendes, as pessoas acabam utilizando a sua função para agir na busca de votos e deixam muitas vezes de serem servidores do Estado para se transformarem em servidores de governo ou de forças políticas que vão disputar as eleições, isso é péssimo, absolutamente inaceitável”, finalizou.

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