Setor defende explorar Margem Equatorial em meio a tensão no Oriente Médio
Assunto foi debatido por integrantes do setor de gás e petróleo nesta segunda (23); entidade fala em necessidade de ampliar e garantir uso de reservas brasileiras de recursos para combustíveis

Diante da apreensão pela escalada do conflito no Oriente Médio, representantes do setor de gás e petróleo se reuniram para debater o impacto sobre o mercado brasileiro.
A lista de saídas defendidas pelo grupo, ainda que a médio prazo, inclui a exploração de petróleo na margem equatorial da Amazônia
O assunto fez parte de uma agenda de emergência realizada pelo Instituto Brasileiro Petróleo e Gás (IBP), nesta segunda-feira (23), e consta em nota divulgada pela organização.
De acordo com o instituto, o cenário de imprevisibilidades reforça a necessidade de garantias a reposição das reservas já existentes.
A apreensão leva em conta a redução da produção de países produtores de petróleo, como o Irã.
"No âmbito nacional, o IBP avalia que este episódio evidencia a importância do Brasil manter um regime regulatório e tributário robusto, que sustente os investimentos de longo prazo em campos já descobertos, bem como a necessidade de avançar na atividade de prospecção e exploração de novas acumulações de petróleo no Brasil, tais como as planejadas nas bacias de Pelotas e na Margem Equatorial brasileira, dentre outras", diz o comunicado.
O instituto destaca o risco de fechamento do Estreito de Ormuz, após os Estados Unidos bombardearem instalações nucleares do Irã. A via marítima, localizada entre o Golfo de Omã e o Golfo Pérsico, é usada para o transporte de cerca de 20% do petróleo distribuído para todo o mundo.
Para representantes do setor, apesar volatilidade do mercado internacional, ainda há expectativas para redução de tensões no curto prazo.
Na noite desta segunda, foi anunciado que as partes chegaram a um acordo de cessar fogo.