Julliana Lopes
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Julliana Lopes

Foi repórter no SBT e na CNN em Brasília. Agora em SP, Julliana trouxe na bagagem vasta experiência em coberturas no Congresso e no governo federal

1 de Maio: Lula, Tarcísio, Boulos e Nunes farão acenos ao mesmo público em locais distintos da capital paulista

Prefeito e governador de São Paulo recusaram convite para evento com as centrais no estádio do Corinthians

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), com o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos  • CNN
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O primeiro de maio será marcado por presenças, e ausências, na política de São Paulo.

O presidente Lula confirmou que voltará à capital paulista para participar de um ato organizado pelas centrais sindicais no estacionamento da Neo Química Arena, na zona leste de São Paulo.

Em 2023, o mandatário também escolheu marcar presença ao lado dos sindicalistas, mas no Vale do Anhangabaú.

Diferentemente do primeiro ano da gestão, onde as promessas de campanha ainda ganhavam engrenagem, desta vez Lula volta ao seu berço político com uma bagagem repleta de cobranças.

No estádio do Corinthians, Lula ouvirá de seus companheiros de luta, entre outros pedidos, um apelo para a valorização dos servidores públicos, pauta histórica do sindicalismo.

Fora do palco, o presidente da república tenta driblar o mau humor das categorias diante da falta de previsão para o prometido reajuste salarial. E enfrenta inúmeras paralisações que ameaçam a economia do país.

Se encarar esse público pode parecer desafiador para a gestão petista, para um aliado político de Lula o cenário é de oportunidade.

Em pré campanha, Guilherme Boulos subirá no palanque e posará para os fotógrafos ao lado do principal cabo eleitoral. Também aproveitará o momento para fazer um aceno aos eleitores que quer conquistar, como os moradores das periferias da capital paulista.

Há ainda que se observar o movimento de quem recusou o convite feito pelas centrais sindicais. O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, disse não ao ato e confirmou ao blog cumprirá agendas que vão da zona leste ao extremo sul da cidade.

O emedebista segue convencido de que o caminho para a reeleição passa pelo afastamento do embate direto com Lula. Mas segue atento sobre a necessidade de garantir na lembrança da massa trabalhadora os feitos de sua gestão.

Num plano maior, mas com o mesmo desafio, segue Tarcísio de Freitas, que também negou o convite das centrais sindicais.

No caso do governador de São Paulo, chama mais atenção o "sim" dado aos convites feitos por um antigo, e importante, aliado político. Ao lado de Bolsonaro desde o fim de semana, Freitas prova que a movimentação política para 2026 já começou.