Jussara Soares
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Jussara Soares

Em Brasília desde 2018, está sempre de olho nos bastidores do poder. Em seus 20 anos de estrada, passou por O Globo, Estadão, Época, Veja SP e UOL

Após ataque, aulas em escola de Sobral são suspensas por segurança

Comitê de crise foi criado para discutir ações entre União, Estado e Município

Alunos foram baleados em escola do Ceará  • Reprodução/Google Maps
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Alvo de um ataque a tiros nesta quinta-feira (25), a escola estadual Luis Felipe, em Sobral, no interior do Ceará, seguirá com as aulas suspensas até que haja segurança para o retorno.

A decisão foi tomada por um comitê de crise que discute uma ação conjunta entre os governos municipal, estadual e federal. Uma equipe do Núcleo de Resposta e Reconstrução de Comunidades Escolares, do MEC (Ministério da Educação), acompanha o caso de perto.

O ataque matou os estudantes Victor Guilherme Sousa de Aguiar, de 16 anos, e Luiz Cláudio Sousa Oliveira Filho, de 17 anos. Outros três estudantes ficaram feridos. A ação, segundo a PM (Polícia Militar), foi motivada por disputa territorial de equipes.

 

 

 

Após o ataque, duas reuniões foram realizadas pela equipe do MEC e pelas secretarias de Educação do estado e do município. A prioridade no momento, segundo o ministério, é “garantir acolhimento às famílias, estudantes e profissionais da escola, além de colaborar integralmente com as autoridades na apuração dos fatos e no fortalecimento da segurança”.

Sobral adotou uma gestão de Educação que alcançou altos índices de aprendizagem dos alunos. O modelo foi replicado em todo o Ceará e se tornou referência para o Brasil. Além disso, a cidade virou vitrine para políticos, a exemplo do ministro da Educação, Camilo Santana, ex-governador do Estado.

Em nota, Camilo disse que recebeu “com tristeza e indignação” a notícia do ataque.

“Telefonei para o governador Elmano de Freitas e para o prefeito Oscar Rodrigues, colocando toda a estrutura do MEC à disposição. Nossas equipes especializadas em situações de crise e violência extrema já acompanham o caso de perto, por meio do Núcleo de Resposta e Reconstrução de Comunidades Escolares. A hora é de unir forças e trabalharmos, juntos, para preservar a escola como espaço sagrado, lugar de paz e de acolhimento. Meus sentimentos e minha solidariedade às famílias das vítimas, estudantes, professores e toda a comunidade escolar”,

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