Coronel indiciado pela PF foi condecorado por Lula
Fabrício Moreira Bastos é adido de Defesa em Tel Aviv e deve retornar ao Brasil para preparar defesa
Um dos 25 militares indiciados pela Polícia Federal por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado, o coronel Fabrício Moreira Bastos foi condecorado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a Ordem do Rio Branco em 20 de novembro do ano passado.
Adido de Defesa na Embaixada do Brasil em Tel Aviv, o militar recebeu a condecoração de comendador, o terceiro dos cinco graus da honraria.
O coronel teve atuação determinante em meio à eclosão da guerra entre Israel x Hamas, atuando inclusive na operação de repatriação de brasileiros. Cabe ao adido de Defesa, que atua junto à diplomacia, buscar informações com os governos locais sobre a área militar.
A condecoração concedida ao coronel Bastos foi dada a servidores do Ministério das Relações Exteriores e adidos que atuaram na repatriação de brasileiros que estava em Israel após o ataque do Hamas.
Na ocasião, o presidente Lula também condecorou o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito da tentativa de golpe no Supremo Tribunal Federal, na Ordem Rio Branco no grau de Grão-Mestre, o mais alto.
Coronel Bastos teria supostamente envolvimento com uma carta com teor golpista, O relatório final da PF, porém, ainda está sob sigilo. A inclusão dele entre os indiciados surpreendeu integrantes do Exército.
Segundo informações do Diário Oficial da União, o militar deveria ficar até 30 de junho de 2025 no posto de adido de Defesa em Tel Aviv.
Porém, segundo apurou a CNN, coronel Bastos deve antecipar o seu retorno ao Brasil para fazer sua defesa no Brasil.
O indiciamento de coronel Bastos e do general Nilton Rodrigues Diniz são os que causaram maior surpresa no Exército. O alerta só foi ligado na Força quando há cerca dos quinze dias foram intimados a prestar depoimento.
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