Deputado diz que vai à ONU denunciar "perseguição" contra Bolsonaro
Presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, Filipe Barros alega "risco de criminalização política no Brasil"

Aliado de Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o deputado Filipe Barros (PL-PR), disse, nesta sexta-feira (18), que acionará organismos internacionais contra o que classifica como perseguição contra o ex-presidente e seus apoiadores.
A medida foi anunciada após uma operação da PF (Polícia Federal) para o cumprimento de mandatos contra Bolsonaro. Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-presidente está monitorado por tornozeleira eletrônica, terá horário restrito para sair de casa e fica proibido de falar com o filho Eduardo, entre outras cautelares.
"Devido à perseguição contra Jair Bolsonaro e ao campo político de milhões de brasileiros por ele capitaneado, estou, como presidente da CREDN, acionando estes organismos internacionais para que tomem providências urgentes", publicou Barros nas redes sociais.
O parlamentar disse ainda que acionará o Alto Comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, enviando um "ofício com alerta internacional sobre o risco de criminalização da dissidência política no Brasil".
Barros afirma ainda que enviará uma "representação institucional relatando a ameaça à ordem democrática brasileira" ao secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), Albert Ramdin.
De acordo com o deputado, outra representação denunciando possível violação de direitos políticos e do devido processo legal será encaminhada à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.



