Larissa Rodrigues
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Lira quer analisar prisão de Chiquinho Brazão na terça-feira

Deputado foi preso por suspeita de envolvimento no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes

O deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) em sessão de comissão na Câmara
Deputado federal é investigado por ter supostamente mandado matar a vereadora Marielle Franco  • 31/05/2023 - Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quer analisar a prisão de Chiquinho Brazão (União-RJ) na terça-feira (26), segundo apurou a CNN.

A votação, no entanto, vai depender do quórum. A decisão é tomada por maioria absoluta. Ou seja, é preciso que pelo menos 257, dos 513 parlamentares que compõem a Câmara, votem. A tendência é que a prisão seja mantida.

Neste momento, a mesa diretora faz uma força tarefa para que os parlamentares retornem a Brasília, apesar do feriado. Em situações comuns, os deputados costumam emendar a semana da páscoa longe da capital.

Suspeito de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco, o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ) foi preso pela Polícia Federal (PF) neste domingo (24). Mas, conforme determina a Constituição, caberá à Câmara dos Deputados dar a palavra final sobre a permanência dele na cadeia.

O rito prevê que essa análise aconteça em plenário na primeira sessão a partir da comunicação do Supremo Tribunal Federal (STF). A primeira turma da Suprema Corte vai julgar nesta segunda-feira (25) a decisão do ministro Alexandre de Moraes de prender suspeitos de serem os mandantes do assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes.

Paralelamente à viabilidade da sessão, fica a expectativa pela escolha do relator responsável pelo caso de Brazão. Lira avalia deixar na mão de um parlamentar do Centrão. O Planalto não deve interferir.

Direito a discurso

Durante a sessão da Câmara, caso queira, o deputado Chiquinho Brazão terá o direito de se defender. Mas ele não precisa, necessariamente, estar presente. O discurso pode acontecer de maneira remota, a exemplo do caso do ex-deputado Daniel Silveira.