"Ombro amigo" de Lula pesou na decisão de Sabino em ficar no Turismo
Ministro pediu aconselhamento ao petista antes de peitar União Brasil e não foi pressionado pelo presidente

A decisão do ministro do Turismo, Celso Sabino, de permanecer no governo federal — mesmo depois da sigla pedir para que ele se retirasse do cargo — não foi tomada de uma hora para outra e contou com muita conversa ao pé do ouvido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo fontes ouvidas pela CNN Brasil, desde que recebeu o ultimato do partido, Sabino teria tido diversas conversas com Lula. Mas, em nenhum momento, o presidente teria pedido diretamente para que o ministro permanecesse no cargo.
Lula teria atuado mais como um conselheiro, oferecendo um “ombro amigo”, do que agido de forma açodada e pressionado o ministro. Aos poucos, segundo interlocutores, analisando os cenários políticos e com apoio do “companheiro” Lula, Sabino teria decidido ficar.
Agora, o ministro do Turismo faz as contas de quantos amigos têm na executiva do União Brasil para não ser expulso do partido. Paralelamente, o “amigo” Lula já estaria o ajudando a pensar em partidos aos quais poderia se filiar para as eleições de 2026, caso o resultado no União não seja o melhor.
Em reunião na manhã desta quarta-feira (8), o União Brasil decidiu afastar Sabino das decisões partidárias por 60 dias. Após esse prazo, o processo por infidelidade partidária será votado pelos 22 membros da Executiva Nacional.



