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    Luísa Martins
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    Luísa Martins

    Em Brasília, atua há sete anos na cobertura do Poder Judiciário. Natural de Pelotas (RS), venceu o Prêmio Esso em 2015 e o Prêmio Comunique-se em 2021. Passou pelos jornais Zero Hora, Estadão e Valor Econômico

    Para ala do TSE, “indústria dos cortes” pode configurar abuso de poder

    Ministros têm debatido internamente efeitos da estratégia de Pablo Marçal

    A “indústria dos cortes” para redes sociais pode configurar abuso de poder na campanha eleitoral e levar à inelegibilidade por oito anos, avalia uma ala do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Magistrados da Corte Eleitoral têm debatido internamente os efeitos da estratégia do candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, especialmente no que diz respeito à monetização.

    A ministra substituta Vera Lúcia, durante palestra realizada nesta semana em São Paulo, chegou a dar um “spoiler” de como a cúpula da Justiça Eleitoral está preocupada com o tema.

    Em evento da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), ela disse que as eleições municipais em São Paulo trazem “atenções e desafios” à Justiça Eleitoral.

    Ela não citou Marçal nominalmente, mas a CNN apurou que a ministra – assim como outros colegas do TSE – tem acompanhado o tema com apreensão, uma vez que ainda não há regulamentação específica sobre isso.

    Uma ala da Corte Eleitoral avalia que o uso dessas ferramentas pode significar abuso dos meios de comunicação e acabar desequilibrando a paridade de armas no pleito.

    A percepção é de que, diferentemente dos impactos da inteligência artificial, que levou o TSE a proibir os “deepfakes”, a “indústria dos cortes” é uma novidade que a Corte não conseguiu antever.

     

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