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    Mari Palma
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    Mari Palma

    Sou jornalista, com pós em moda, neurociência e comportamento. Também sou embaixadora da Marvel, fã de Friends e Beatles, 4 vezes tia e mãe de cachorro

    #CNNPop

    “Senna” é um presente pra quem só ouviu falar sobre a história do piloto

    Série de 6 episódios chega na Netflix nesta sexta-feira, 29 de novembro

    Eu tinha 5 anos quando o Senna morreu, o que significa que eu tenho poucas lembranças dele. Sei, claro, que ele foi um dos maiores nomes da história do Brasil (e do mundo), mas se você me perguntar sobre uma corrida específica ou sobre algo que ele fez, eu não sei te responder. Ou melhor, eu não sabia! Agora eu sou praticamente uma enciclopédia de Senna porque acabei de assistir à nova série da Netflix sobre ele. Uma das produções mais surpreendentes que eu vi esse ano, com certeza.

    Pra quem não sabe, a série acabou de chegar com 6 episódios e tem no elenco grandes nomes como Gabriel Leone, Alice Wegmann, Marco Ricca e muito mais… A história começa com a mudança do Senna pra Inglaterra e se desenvolve mostrando não só a carreira dele, mas as relações pessoais e os desafios que ele enfrentou com o sucesso mundial. Uma superprodução com cenas impressionantes, principalmente das corridas.

    Apesar de ter amado cada episódio, meu objetivo aqui não é fazer uma crítica de cinema e sim falar sobre o efeito que eles tiveram em mim, uma pessoa que, como eu disse, praticamente não viveu a época do Senna. Eu dei o play na série só com as informações básicas na cabeça e uma ou outra história que meu falecido e tão amado pai me contou. E que bom que eu fiz isso.

    A série é um presente pra quem só ouviu falar sobre o Senna. Alguns mais apaixonados podem dizer que faltou um detalhe ou outro, mas eu mergulhei na história como se ela ainda não tivesse acontecido. Lá estava eu, no meu sofá, em 2024, torcendo por ele como se o fim daquelas corridas ainda não tivesse sido definido. Juro, o tanto que eu xinguei o Alain Prost, vocês não fazem ideia! Inclusive, Alain, peço desculpas por ter mandado toda esse energia negativa na sua aposentadoria, mas espero que você entenda que não é nada contra você, só uma reação retroativa (que não faz o menor sentido, eu sei).

    E quando toca o tema da vitória, então… hoje eu entendo MUITO a emoção do meu pai aos domingos de corrida, sentado na beira do sofá com o radinho de pilha grudado na orelha. Ele vibrava, torcia, roía as unhas e fechava os olhinhos ansioso a cada volta na pista. E quando o Senna cruzava a linha de chegada e vinha a música, aqueles mesmos olhos enchiam de lágrima como se a vitória fosse nossa também. Uma sensação que eu acho que muitos brasileiros que viveram aquela época tiveram. E que eu nunca consegui entender.

    Por isso eu fiquei tão feliz de ter vivido essa experiência, mesmo que 30 anos depois e de um jeito totalmente diferente. Eu realmente me senti no começo dos anos 90, com todo aquele clima de F1 que fazia o Brasil parar pra ver uma única pessoa na pista. E mais do que isso: me senti mais próxima do meu pai de novo – e acho que esse é o maior presente que a série me deu.

    Veja a entrevista com Gabriel Leone:

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